quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Feliz Natal 2014! :-)

O importante é viver cada momento!
E isto é ainda mais válido nesta época, em que há, de uma maneira geral, um abrandamento das rotinas dos últimos meses.
Verifica-se também, de certa forma, um "arrumar temporário" (e voluntário) de todas as preocupações cuja resolução pode ser adiada sem causar um remoer de fundo que não nos deixe gozar do espírito festivo!
Então, aproveitem! Aproveitem-se uns aos outros! Aproveitem a companhia, o calor, a magia! Ou aquele estado de espírito especial que nos leva a descontrair e a sentirmo-nos quentes e reconfortados. Aproveitem para recarregar baterias e esqueçam-se dos pontos negativos de todas as coisas! É preciso lembrar que para fazer o Mundo de alguém melhor, basta um pequeno gesto. :-) Pensar que somos incapazes de ajudar não cabe agora nem em altura alguma do ano. Da vida.
Festas Felizes!

;-)


sábado, 13 de dezembro de 2014

Conversas de criança #14: Natal de 2014 - Os preparativos

Hoje estivémos "em obras". Os preparativos para o Natal assim o exigiram.
Este ano temos, pela primeira vez, o nosso supervisor de obra que é, simultaneamente, o criativo e o decorador:


"Mamã! O L. gota de montá a ávole de Natal!"

<3

Conversas de criança #13: multiculturalidade.

No âmbito do tema deste ano lectivo na Escolinha do L., veio cá parar a casa este pequeno livro:


Provavelmente, quem tem filhos pequenos já deve conhecê-lo de trás para a frente e de olhos fechados.
Ora este livro esteve connosco durante 5 noites e 4 dias. Uma vez que se pretende fomentar a leitura no seios das famílias portuguesas (e estre os membros mais novos desde tenra idade), o tema deste ano, já devem ter adivinhado, é o Livro e a Leitura. Não vou entrar em grandes discussões sobre a escolha dos livros em si, e muito menos sobre a utilidade deste programa, sobretudo pela forma como é conduzido. De uma maneira geral, é uma boa ideia fomentar a leitura entre todos os elementos da população e quem já traz dentro de si esse gosto, poderá ser senhor das escolhas que faz e da forma como o incute na sua prole. :-)
Cá em casa, como gostamos de dar a conhecer variedade e apreciamos ainda mais as recações, lemos esta pequena história ao nosso pirralho de 2 anos e meio no decurso das 5 noites e alguns dos 4 dias em que o livro permaneceu na nossa posse.

Devo dizer desde já que dos três livros que já nos passaram pelas mãos através da Escola, este não foi o preferido do pequerrucho. Mas ainda assim gostou. E das leituras surgiu um pequeno fait divers que não posso deixar de partilhar aqui:

-  Mamã! Mamã! Oh! O L. gota do Pai Manoel!!!!"
- ??? O L. gosta de quem? Quem é o pai do Manoel???? Tu não tens nenhum coleguinha na escola chamado Manoel!!

Só depois reparei que o pirralho apontava entusiasticamente para o gorro de Pai Natal envergado pelo Pedro, na capa do livro.

Depois de ter conseguido parar finalmente de rir às gargalhadas, com o pequeno já a perguntar se eu estava bem, e todo divertido também, lá lhe consegui explicar que o Pai Natal e o Papai Noel são dois nomes diferentes para a mesma personagem. E que não estava previsto chamarem-lhe um terceiro nome.

Hahahahahahaha! Depois disto falta apenas referir que somos uma família multi-nacional. Adivinham as nacionalidades? hahahaha ;-)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Sobre o flagelo do Bullying


Eu creio que uma das enormes preocupações dos pais é a chegada dos filhos à adolescência.

Se é verdade que o bullying é um fenómeno mais ou menos constante dentro das populações humanas, não é menos verdade que conseguimos lidar bem com ele até determinadas proporções. Quando estas são ultrapassadas, chega a assumir contornos criminosos e de atentado contra os direitos básicos das pessoas.

As formas de bullying que mais me assustam e exasperam são as que estão ligadas à disseminação via internet dos mais requintados actos de crueldade, sadicamente filmados e amplamente divulgados, com vista a denegrir a imagem de alguém perante o seu universo social restrito. O medo de ficar mal visto, a insegurança gerada, os complexos e a repetição de actos de terror psicológico de forma prolongada no tempo, mais ou menos anónima, podem levar a consequências catastróficas; se não a morte, a vontade de desaparecer, de morrer, pelo menos uma marca traumática de dimensões tais que acompanha a vítima até à idade adulta e que pode prejudicar o seu relacionamento com quem lhe é próximo (para não falar da sociedade em geral).

O bullying está intimamente ligado a questões de auto-estima.

Os bullies, que se servem do anonimato e da sub-repção para rebaixarem as suas vítimas, geralmente sofrem de graves perturbações de auto-estima e necessitam de recorrer à violência para dominarem os outros e assim sentirem-se fortes e aceites. Em geral escolhem indivíduos também inseguros e influenciáveis, mas cuja personalidade, quiçá educação, não lhes permitem agir da mesma forma violenta. São vítimas fáceis e que raramente se defendem. Acreditam no que lhes é dito e são, por isso mesmo, facilmente manipuláveis.
A meu ver, esta deve ser a forma de bullying mais difícil de combater porque geralmente ocorre entre indivíduos que estão, fisicamente, presentes no quotidiano uns dos outros e por isso torna-se complicado evitá-la quer fugindo, quer tentando contornar. É preciso enfrentar. É o tipo de bullying mais frequente entre adolescentes que frequentam os mesmos locais de forma regular.

É fundamental que os pais se esforcem por criar um clima de atenção e presença constante (sem sufocar nem manipular) em casa, que permita ao adolescente sentir-se confiante e seguro, de modo a poder contar com a família para resolver os problemas da melhor forma possível. A família deverá esforçar-se por apresentar sugestões e soluções para os problemas, sem demasiada intrusão ou sem fazer intervenções que prejudiquem a confiança ou que possam fazer com que o adolescente se sinta mal-visto entre os seus pares, na escola ou fora dela.

O bullying anónimo, que geralmente tem origem na exposição às redes sociais, é outro grande problema. Há várias formas de lidar com ele, mas nem sempre é fácil (julgo que depende um pouco do à-vontade e auto-confiança de quem lida com este tipo de bullying). Há quem desista da sua posição social, há quem opte por responder espirituosamente, há quem opte por escrever posts sobre o assunto, há quem decida ignorar... 

Os haters são sobejamente conhecidos no mundo cibernauta e também assumem vários perfis diferentes. Alguns terão, alegadamente, inveja de quem seguem, outros irritam-se com as opiniões emitidas, sobretudo se vão contra a sua, outros dedicam-se a deixar comentários impertinentes e insultuosos apenas porque não gostam dos conteúdos publicados na página...
Esta resposta que passo a mostrar não é sempre possível, mas com um bocadinho de trabalho de investigação de perfis nas redes sociais não será a coisa mais difícil de fazer:



Eu não gostaria de estar na pele daquela mãe. É certo que Educar é uma tarefa complexa: a personalidade de cada um adquire contornos que não controlamos nem são passíveis mudança (traços genéticos de personalidade). Mas acredito que é possível fazer muito no sentido de equipar os nossos educandos com um pacote de valores morais que os impeçam de ultrapassar certos limites e de atentar contra a liberdade dos outros.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Progressos. :-)

Se é (também) o nosso aspecto físico e o facto de estarmos contentes dentro do nosso corpo, que nos permite parte da nossa felicidade, ou se é o nosso estado de felicidade (por um conjunto de coisas), que determina a forma como nos vemos ao espelho, não sei.

Sei que olhar para o espelho e sentirmo-nos bem com o que vemos, a ponto de esboçar um sorriso distraído, é compensador e liberta energias positivas. Sentirmo-nos bem connosco próprios, incluindo na nossa pele e com a nossa pele, já tem sido sobejamente discutido aqui neste blogue e continuará a se-lo, sabemos bem, é algo que mexe profundamente connosco. No sentido positivo. Lá diz Bruce Kasanoff que a melhor forma de ser ridiculously likable, é estarmos 100% confortáveis na nossa pele. Em todos os aspectos.

E não é por não continuar a falar no assunto até à exaustão, que deixei de trabalhar para atingir a forma que uma vez tive e de que gostava. Sentia-me bem: boa saúde e bons níveis de auto-estima. Força para enfrentar os desafios do dia-a-dia. E continua o exercício, continua sobretudo a reeducação alimentar. Agora, já não tanto reeducação, mas manutenção. E beber água. Muita água. O acto de beber água já não é tanto uma parte de uma rotina alimentar saudável, já chega a ser um hábito de vida saudável.

Esta declaração merece o seu parágrafo: o esforço para vencer o vício da preguiça e da alimentação desregrada, compensa.

Saldo de 4 meses e meio de re-educação mental (sobretudo):

- 9,5 Kg a menos
- redução substancial da camada de celulite, sobretudo nas nádegas, mas ainda falta um pouco nas pernas (ainda falta muito para a próxima época de praia? XD)
- redução substancial do inchaço geral - edema (ah, e tivessem visto a minha cara de felicidade ao constatar que tinha voltado a ter tornozelos!)
- voltei a vestir o meu querido 38! :-D


Lista de disclaimers:

- Ignorem o ângulo estranho, mas foi o melhor que consegui para ilustrar não sei bem o quê, na verdade. :-P
- Parece que tenho que arranjar um fotógrafo que me ajude nestas alturas.
- ...

Lista de pontos positivos:

- O cardigan nunca foi muito grande, mas há 4 meses e meio não o conseguia vestir sem ficar com "barrigas" abertas entre cada dois botões. Ou seja: eu não cabia nele. Agora o facto de vestir copa GG (sim, leram bem. Em tamanho correcto, é GG... :-P ). Já não implica que não possa vestir camisas ou outras peças de roupa de abotoar à frente. ;-)

- Parece que afinal o tamanho 38 em calças até chega a ser folgado.. eheh

- Voltei a usar confortavelmente roupa que já tinha deixado de usar há uns anos.

- Voltei a gostar de ir às compras em lojas físicas. Hum... A colocação deste ponto na lista de aspectos positivos é ainda a ponderar, já que "gostar de ir às compras" pode significar... Sarilhos. :-P

- Voltei a comprar (e a usar!) saias e vestidos! :-D

Planos futuros:

- A manutenção e aperfeiçoamento são "trabalhos" que não têm fim. Chegadas a este ponto, o cruzar os braços e suspirar "já está", só leva a que volte tudo a ficar como estava. O segredo é arregaçar as mangas e dizer "agora vamos "limar arestas" e trabalhar sempre na manutenção". Voilà! ;-) (o outro segredo é beber muita água e pôr de parte gomas e refrigerantes. :-P)


domingo, 30 de novembro de 2014

Conversas de criança #12: as estrelas e as luas

Há já alguns largos meses (acho que até já faz quase 2 anos, na verdade), comprei um projectorzinho para o quarto do pirralho. Trata-se de um objecto de maus acabamentos e que tem uma opção de som que é terrível e que já está banida há muito tempo.

O próprio pirralho já sabe papaguear que "o som da tataúga é muuuuuuito chato". E já aprendeu qual é o botão proibido e tudo!

Há coisa de dois anos atrás, o puto tinha 6 meses e não ligava nenhuma ao tal projectorzinho em formato de tartaruga. Quando fez um ano, arrancou as patas e a cabeça, que eram de peluche e muito mal coladas, e restou um fóssil de carapaça, com LEDs dentro, e com os recortes das estrelas permanecendo intactos.

Quando fez 2 anos, começou a achar piada e, finalmente, aos dois anos e meio, não quer outra coisa. Eu, que já me tinha arrependido de comprar aquilo pelo menos umas 300 vezes (mais vez, menos vez), agora tornei-me insuportável no meu alívio de mãe útil, no meu repetir incansável: "uf! afinal fiz bem em ter comprado a geringonça!". Já toda a gente sorri para mim com aquele ar condescendente de quem diz "sim, ok, fizeste uma boa compra porque o miúdo até gosta de ver o quarto forrado de estrelas e luas coloridas, mas não viria mal ao mundo se tal brinquedo não existisse na sua vida". Sim, mas ele fica feliz a apontar a tartaruga em todas as direcções e deixou de ter medo de estar às escuras. Agora até acha divertido e já quase privilegia "as estrelas e as luas" em detrimento do mobile que também projecta uma imagem hipnotizadora no tecto do quarto.

Ora, na manhã gelada de ontem, o piqueno acorda todo energético e chama pelo papá e pela mamã. O papá e a mamã resmungam, viram-se para o outro lado e continuam a desejar que o piqueno faça o mesmo. Mas não há hipótese. O sono de 6ª para Sábado está terminado.

E lá vamos nós ter com o pirralho. Somos recebidos com uma grande festa! Como sempre que é fim-de-semana! E não há manhã fria de inverno que não fique logo aquecida! :-D

Abre-se a janela, liga-se o aquecedor e brinca-se até a temperatura atingir um nível decente para se poder retirar as camadas de roupa com que o piqueno dorme (body, pijama e saco-cama-pijama polar. Para quem detesta mantas, tem que ser assim mesmo).
Mas...

- "Qué fechá janela!" (repetido em tom crescente, até que a janela seja fechada)
- "Qué estelas e as luas!"
- "Não, L.. Agora está na hora de trocar de roupa para irmos tomar o pequeno-almoço juntos e depois irmos brincar!" (com uma tentativa de sorriso contagiante no rosto)
- "Nãaaaaao! Qué as estelas e as luas!"
- "Ha ha! Agora vamos vestir para tomar o pequeno-almoço! As estrelas e as luas ficam para logo à noite, quando fores dormir. Ou então para daqui a umas horas, quando fores dormir a sesta!"
- ...
- "Mamã! Qé fechá janela! Qué domi a sesta!"

E esta, hein? XD


domingo, 16 de novembro de 2014

Conversas de criança #11: a ESA, os cometas e a Rosetta

Mostrei isto ao pirralho, acompanhado da devida (e simplificada) explicação:



E agora, de hora em hora é isto:

"Ó mamã! Outa vez as pedas! Qué vê!"

E fica pasmado a olhar e a ouvir. :-D



Disclaimer: juro que não fui eu que chamei pedra ao cometa! :-P