sábado, 25 de outubro de 2014

Music on, World off.

  

Toda eu sou música. Desde pequena. Comecei inventando letras novas para melodias cansadas. Não sei que idade teria quando comecei. Lembro-me de estar a cantar no duche quando tinha uns 5-6 anos. Talvez menos. Sempre dancei. Orientada ou de forma auto-didacta. Sempre cantei. Nunca orientada, sempre de forma auto-didacta. 
Uma vez disseram-me "cantas bem, mas não me aqueces o coração". Acho que me partiram um bocadinho o coração nesse momento. De que serve cantar bem, se não se aquece o coração de quem nos ouve? Mas o pior era eu parecer um disco riscado. Nunca memorizava uma letra do princípio ao fim. E aperfeiçoava os refrões ou as frases que mais me diziam repetindo-as até à exaustão. Creio que sou daqueles casos com, talvez, algum talento, mas que não trabalharam para o fazer florescer. É isso. Tivera eu dado-me ao trabalho de memorizar ao menos uma letra do início ao fim e talvez estivesse hoje a cantar estas linhas num qualquer palco da noite Lisboeta. Ha! 
Fui, assim, deixando de cantar. Mas sempre dancei. Desde dança Jazz, até Danças Orientais, passando pela "fusão", Zumba, Hip Hop, entre outras modalidades.
Dançar é a única coisa que me livra completamente das frustrações do dia-a-dia. Gosto de dançar sozinha. Meço o espaço à minha volta, cerro os olhos e deixo-me infiltar pela música. E ela penetra por todos os poros. E, de olhos cerrados, parece até que duplica o sentido da audição. E o coração chega a bater ao mesmo ritmo da música. E a minha cabeça enche-se de imagens, sonhos, enredos. E fujo do quotidiano por 5 minutos, ou uma hora. Depende do tempo que há disponível. Mas cada minuto vale por uma eternidade de paz e harmonia! 
Não consigo sequer começar a explicar-vos o efeito que a música tem em mim. :-)
"Music on, World off", sou eu.
Aliás, nunca consegui estudar com música. Nem adormecer. Quando me dedico à música, todo o resto se apaga. Até quando conduzo e surge no rádio uma música da minha preferência, parece que sou outra, por momentos. Sinto-me a maior. Os óculos escuros postos, as mãos a tamborilar no volante ao ritmo certo, os movimentos do ombros, os lábios a mover-se ao ritmo da voz de quem canta. hahahaha! É todo um teatro que monto, por momentos. Gosto de o fazer. Gosto da forma como a música certa mexe comigo.
E no meu leitor de MP3/MP4 existe um repertório tão vasto que vai desde isto:  



Até isto:


(Lhasa de Sela é das minhas cantoras/compositoras/escritoras favoritas. Infelizmente, o cancro da mama levou-a a 1 de Janeiro de 2010, e desde então, o mundo é um lugar mais pobre)

Passando por isto,



isto,



isto,


isto,



isto...



Isto,



entre muitas, tantas, outras coisas.
Música que não me invoca memórias, sonhos, arrepios, pele de galinha, não entra na minha vasta lista. Esta pequena amostra não a representa. De todo.

Gosto de viver tudo com a intensidade de quem vê e ouve pela primeira vez. De cada vez.


9 comentários:

  1. Adoro cantar, sempre andei metida em tudo o que havia com música... mas depois cresci.. a vida mudou e ficou tudo para trás...mas sou incapaz de passar o dia sem música ou sem andar a cantarolar :D

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    1. Também eu! Há alturas em que só consigo desbloquear com um pouco de música! ;-) E a música que é, depende do estado de espírito. Creio que é um pouco assim com toda a gente. Está mais que provado que a música tem propriedades terapeuticas que pertencem à categoria de "verdadeiros milagres"! ;-) hahaha

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  2. rEALMENTE MÚSICA BEM VARIADA...


    www.tarasemanias.pt

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  3. Eu sou apaixonada por música! No carro ouço música, no trabalho ouço música e no duche canto (ou pelo menos tento) ahah :)

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    1. Como se costuma dizer: "Quem canta, seus males espanta"! ;-)

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  4. Adoro 'A pele que há em mim'. Ouço muitas vezes!

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    1. É magnífica, não é? E uma também da Márcia com os Dead Combo, da colectânea "Voz e Guitarra", uma "cover" de uma música do António Variações de que não me recordo agora do nome... enfim, a voz da Márcia é das que me deixa toda arrepiada. No bom sentido! :-D

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