domingo, 24 de agosto de 2014

Da arrogância, ou... É a vida!

Quando nascemos somos todos heróis.
O parto é um momento de grande heroísmo.

Caramba, as pressões, torções, deformações e outros tantos "ões" a que são sujeitos os corpos (quer da mãe, quer das crias), e mesmo do pai, se é de estômago mais frágil e mesmo assim insistiu em assistir a tudo, são para lá do imaginável.
Mas nós aguentamos. E nascemos e fazemos nascer.

Depois a vida vai-nos vergando, torcendo, testando... E uns voltam a erguer-se e prosseguem felizes por estarem vivos, outros vão deixando a vida fazer o que quer deles. Outros ainda armam-se de popularidade, descobrem o que é de fácil aceitação e fazem toda uma vida da aprovação de séquitos de seguidores de quem mantêm a distância. Não se dignam sequer a dirigir-lhes palavra. Mas não vivem sem eles. São antipáticos, arrogantes.

É tudo uma questão de carácter. Ia dizer de "tomates", mas não ficava muito bem, sobretudo para as mulheres de carácter. Um grande amigo meu resolvia essa questão dizendo "tu és uma mulher de "ketchup"".

Seja o que for, tudo na vida é uma questão do seguinte cocktail: 1/2 dose de sorte, três doses de carácter (inclui capacidade para assumir as decisões que toma e enfrentar cada consequência que delas advenha e também saber distinguir quando se lhe dirigem com segundas intenções ou por sincero interesse no que foi dito), prefazer com optimismo, capacidade de empatia, humildade e simpatia e coar, deitando fora a autocomiseração (agora sem hífen).

E é isto. Mesmo que a puta da vida (essa entidade com vontade própria capaz de decidir tudo por nós - sarcasmo, ok?) pregue alguma daquelas partidas incapacitantes. Ou quando nos leva alguém sem quem nos julgávamos incapazes de sobreviver. E mesmo assim, há muito boa gente nessas condições que têm muito mais "tomates" ou ("ketchup") do que muitos que andam por aí por seu próprio pé, de perfeita saúde.

Agora que penso nisso, a vida só desafia verdadeiramente, quem tem arcaboiço para lidar com o repto.

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