"Todos nós somos génios à nascença. Mas se formos julgar um peixe pela sua capacidade de trepar às árvores, ele vai passar a vida inteira a acreditar que é incompetente e estúpido".
Esta frase é atribuida a Albert Einstein. Não sei se será meeeeesmo. Encontrei-a por essa internet fora, e todos sabemos (ou devíamos saber) quão frequente é encontrar frases e pensamentos mal atribuidos por aí.
Adiante.
O impacto que esta frase tem é profundo, porque eu sou particularmente sensível à educação que damos aos nossos filhos de pela qual passámos nós próprios. De uma maneira geral, começamos a ser condicionados desde que nascemos, até que morremos, e a pressão externa desse condicionamento é crescente, de forma gradual. Eu diria que somos formatados para pensar de determinada forma. Somos "conduzidos", "guiados".
Atenção! Eu não sou, de todo, contra a orientação dos jovens cérebros. E há componentes mais "condicionantes" da Educação de cada indivíduo que são absolutamente indispensáveis. São essas componentes os valores éticos e cívicos, e também condicionantes comportamentais que nos permitem estar inseridos numa sociedade onde temos que interagir com os outros e onde a liberdade, integridade e individualidade de cada um é para ser respeitada. As regras sociais (pelo menos algumas) e os valores e padrões que nelas estão contemplados são inprescindíveis para que a vida em sociedade seja viável.
MAS!!!
Não estará o nosso sistema educativo demasiado focado para a formatação mental? Não se estarão a bloquear génios e pensamentos geniais, ao corrigir certas fantasias que temos quando somos crianças, ou ao "podar" a curiosidade infantil e juvenil de forma drástica apenas porque não sabemos como explicar algo que nos perguntam ou porque achamos que algo não é para a idade deles, ou porque não temos paciência? Temos uma certa tendência natural para querer fazer tudo conforme um padrão estabelecido por faixas etárias e queremos inculcar essa mesma "timeline" na nossa descendência. Isso será bom? Não seria melhor, em vez de bloquear à partida algum tipo de comportamento, tentar seguir de perto e, aí sim, tentar guiar no melhor sentido possível?
Não seria maravilhoso se em vez de tentarmos condicionar os nossos descendentes a algo que nós próprios visualizamos para eles (na nossa tentativa de os proteger), os deixássemos um pouco mais livres de escolher o que querem fazer com o seu futuro? Claro que isto dá muito mais trabalho, porque é necessário dar-lhes todas as ferramentas para que possam ter capacidade para rapidamente conseguirem "encontrar-se" naquilo que querem para si, de forma madura e responsável. É preciso uma dedicação muito grande para conseguir proporcionar um acompanhamento, sem condicionamento. Mas acredito que os resultados seriam extraordinários. :-) Sem desilusões, nem frustrações, porque não estaríamos a criar expectativas de concretização de sonhos que afinal, se calhar são nossos, mas não dos nossos filhos. Não estaríamos a julgar um peixe pelas suas
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